Eis minha poesia. Toma, agora é tua!

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

Pra quem tem voz


Eu fico em silêncio,
O horror da cena me cala.
Tanques de guerra,
Mísseis nucleares
E metralhadoras
Não funcionam sozinhos,
Cavam as valas
Não acertam crianças, só na fala,
Acertam sem nem o medo de errar os malvados.
São números contabilizados,
Trinta e tantas mil mulheres e crianças e não sei quantos soldados,
Baixas da guerra.
Eu fico em silêncio,
Meu barulho é um susurro
Para quem busca esse legado.
A esperança está na voz de quem sabe falar alto.

.   .   .

Mãe, para onde posso correr?
Eu só queria aprender a escrever.
Mãe, onde você está?
Eu só queria poder sonhar.

Filho, cuidado, não nascemos para brilhar.
Filho, respira, você pode caminhar?
Filho, salve-se, eu não posso mais cuidar.

Mãe, tem uma luz no céu.
Será que são anjos?
Será meu engano?
Será que eles vêm nos salvar?

Mãe, mãe, mãe…

Matheus Matos

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