Eis minha poesia. Toma, agora é tua!

quinta-feira, 24 de junho de 2021

Vacina



Parece que os políticos não sentem
só eu que sinto o frio nos pés
nesse inverno infernal:
vírus, mortes e despedidas.

A vida se tornou tão banal.
Em mim a poesia é transitória
agora mesmo transito
entre a doença,
as estatísticas,
e o esquisito:
terra plana,
negacionistas
e o mito.

Mente.
Parece aquele caso da serpente.
Omito o que sinto.
Pra acabar essa chacina
somente
educação,
ciência,
vacina,
as máscaras
pra nossa gente
e nosso grito.

Matheus Matos

sábado, 12 de junho de 2021

Roberto Andersen




Tanto tempo tem, meu amigo, que a gente se encontrou. 

Eu caminhava pelos labirintos das descobertas, ora perdido, 

ora cansado. Tu sempre fostes luz. Com tanto amor, 

com tanta atenção desprendida. Encontrastes estranhos no caminho e oferecestes o que 

tinhas de melhor. Foi contigo que aprendi feliz a passar por alguém e desejar o bem. 

Foi contigo que aprendi que o amor é uma flor que desabrocha. Com o tempo o amor é melhor. 

Com o tempo o amor é paz. Foi contigo que aprendi isso. Tu sempre me foi luz. Uma energia boa, 

um ser humano sem igual. E como é triste te perder depois de tanto tempo que estamos afastados. 

É muito triste te perder por um inimigo tão devastador. Eu ainda me imaginava velhinho em nossas 

conversas infinitas. Tenho a impressão que tudo que me tornei tem um pouco de ti. Os meus passos

foram mais leves, as minhas dúvidas mais tranquilas, o meu caminho sempre foi fácil se eu tinha tua paz. 

Me desculpe pq a vida nos afastou e mesmo que eu tentasse deixar claro tua importância em minha vida, nunca achei que era 

o bastante. Tu abraçastes a mim e meus amigos. E como um garoto, que chega numa brincadeira, chegastes e nos fizestes um grupo. Tenho amigos que 

estarão comigo pra sempre e sei do teu papel nesse vínculo. E eu sei que espalhastes esse amor por todos os cantos que andastes. 

Como é bonito ver todas as pessoas que te acompanham e te amam e te tem como exemplo e que segue o teu amor. 

Me desculpe que a vida é estranha demais pra tornar 

as coisas mais simples para encontros casuais entre nós. Sempre te vi como um amigo do peito.  Sempre fostes tão perto,

fizeste do teu jeito os encontros acontecerem. E foram momentos mágicos sobre discussões eternas do que é a vida, o que 

é o amor. Deus, existe? Obrigado por tudo. Por todas as vezes que eu estava perdido e me achastes e me colocastes no caminho.

E eu fui luz pra alguns pq tu me fostes luz. Como se passa o amor? Deve ser desse jeito que me ensinastes. E eu fui e sou 

feliz por tudo que aprendi contigo. Tenho parte de ti comigo e sempre estarás guardado. 

Vá em paz meu amigo. Vá em paz, que eu fico.  

Matheus Matos