Eis minha poesia. Toma, agora é tua!

sábado, 30 de março de 2024

para o amigo que partiu

para o amigo que partiu: Antônio Tiburcio (bode mucho)


Eu via sempre você contando suas astúcias
E agora me vem no peito essa angústia 
De não poder te ouvir nunca mais
Foste a fonte de uma irmandade 
Olho para ele
Vejo o espelho
Sinceridade
Veja a mágica que foste capaz
Foste embora
E foi cedo
E agora eu confesso
Eu tenho medo
Da sina da vida 
Roubar minha paz
Do amor 
forjaste 
Pedras tão preciosas
Nasceu bela, tua descendência, tão amorosa
Ficará viva a tua essência 
Perspicaz.
Vai lá nobre amigo
Você foi bom Pai, irmão, avô, marido
Vai que daqui eu sigo
Vai lá 
Sorrir, fazer sorrir e amar
Na terra onde as histórias 
Não morrem jamais. 

Matheus Matos

terça-feira, 26 de março de 2024

movimento perpétuo

Conheço pessoas há anos que a vida me deu.
Não foi uma escolha programada, mas elas ficaram.
Conheço pessoas que estão há anos comigo e que o amor as desafiou.
O amor desafia a gente sempre.
Ele quer saber dos nossos limites.
Quer saber se há distância que o valha,
se há palavras mal ditas,
intrigas,
que possam vencê-lo.
Mas o amor
O Amor é vínculo,
é emaranhamento,
movimento perpétuo
e ação a distância,
no firmamento.
O amor no universo infinito
dista um pensamento
de quaisquer dois corpos
afastados no vão.
Amor é infinito,
eterno,
é perdão.
Conheço pessoas há anos que a vida me deu,
elas ficarão.

Matheus Matos

sexta-feira, 22 de março de 2024

Tantas Descobertas Além do que Há

Mergulho

Estou no meio de tudo
Que é teu
A tua chave perdida
Teus olhos sem saída
Teu atraso que também é meu
Eu vejo
Tua mente percorrendo labirintos
Esquecendo dos passos e instintos
Esquecendo os óculos no breu
No teu caos
Não te encontras na bagunça
Teu corpo está perdido
Da tua mente estelar
Corpo em caos
Mente no mar
Esperando no cais
A hora certa
De encontrar

Matheus Matos

quarta-feira, 6 de março de 2024

Escondido na viagem

Amarelo como o sol,
Escondido na viagem,
Erva-de-são-joão
Vira paisagem.

Matheus Matos

borboletas no estômago

Chuvas de março.
Nesta viagem distante,
voam as borboletas.
Fim de verão
e esse gelo esquecido
no meu coração.
A vida é uma ampulheta.
Borboletas no asfalto,
atropeladas pelos carros,
já não voam mais.

Matheus Matos