por: Edson de Paula (Bigão)
Não escrevo cartas com prazo de validade.
Cartas são como
gravetos da estação passada,
uivo de cão vagabundo
um desconhecido caminhando calçada
da estrada infinita...
[do mundo.
Não trago anéis de fumaça desfeitos
(em embrulho para presente),
Copulo com o passado
ao brotar alicerçando
o amanhã na incerteza,
fugidia presteza,
Eu ausente
[do tempo.
Não me implodo em negativas,
Não me prendo a negações,
Desfaço tudo que foi dito,
Digo-o novamente,
Refuto,
Vou em frente
[e volto
Ao colapso entre caos,
cáucaso,
Titãs e deus.
Sou o amante dos finais,
[felizes ou não]
Acorrentado a princípios.
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