Eis minha poesia. Toma, agora é tua!

sábado, 12 de julho de 2025

último sopro

Eu ouvi sobre uma paciente,
no último sopro.
E ela ainda tinha a memória de alguém,
mesmo em tanto sufoco.

Alguém marcou sua vida
com um cuidado
que não foi pouco.
Não foi só o remédio do corpo 

antes da ferida aberta na pele,
na perna,
no osso,
há uma ferida na alma.

E, pra cuidar
desse enfermo com calma,
dessa cicatriz aberta
com todos os traumas,
o cuidado tem uma receita certa:

amor, carinho, atenção,
pegar sempre pela mão
e estar 
sempre 
longe
do
fundo
do
poço. 

Matheus Matos

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