Eis minha poesia. Toma, agora é tua!
quarta-feira, 1 de setembro de 2021
Alinão
Foi hoje que uma amiga de longa data foi embora. E eu não consigo entender. Eu não consigo acreditar. É estranho demais como a vida pode ser simplesmente ceifada injustamente. Não há nada que explique essa aleatoriedade de despedidas abruptas. A vida é injusta. Viver é injusto. Eu te conheci há tanto tempo que não me lembro mais. E sempre tive esse carinho desprendido por ti. Mil poemas não traduziriam. Então, escrevo esse texto pra mim. Recorte de um tempo louco que levou nossas vidas, nossos amigos, nosso tempo e nossa alegria. Teve um tempo que achei que estavas perdida, mas a vida te armou uma surpresa boa, encontrastes teu amor, encontrastes o que amas, e fez arte e fez música, eternizou-se. Se nós não somos eternos nessa vida, as coisas que deixamos são, principalmente de arte. Eu vou chorar muito te ouvindo, mas a tua música fica. Alinão, como eu te chamava, que triste que não fizemos despedidas. Que não ganhei um último abraço, que não ouvi a tua música e tua voz ao vivo, e a tua risada. Que triste tudo isso. Estava lembrando de um dos melhores encontros que tive na vida com amigos. E você estava lá. E nós cantamos (o vento), pulamos, dançamos, sorrimos. Fomos eternizados por aquele momento. As amizades mais verdadeiras que eu poderei ter nessa vida. Que estejas em paz. Que a luta que travastes não foi fácil, e agora podes descançar. Que seu brilho agora venha sempre com uma música alegre pra gente cantar.
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