Essa sina do dia a dia
já assina uma sentença,
assassina a recompensa,
me extirpa a paciência.
Papéis timbrados em ventania
e o pensamento — de machados
manchados e perfumados
pela ânsia.
Dia e noite,
sono e insônia,
pesadelo e
agonia,
ruminâncias.
Olho pro lado e a caneta
parece fria;
nem assina mais
e nem fazia —
afasia de relutância.
São cliques
e cliques
de burocracia.
Clique,
bate,
o tique,
taque,
creck —
o tempo parece quebrado
e passou mais um dia.
Matheus Matos
Matheus Matos
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