Eis minha poesia. Toma, agora é tua!

sexta-feira, 7 de novembro de 2025

assinatura

Essa sina do dia a dia
já assina uma sentença,
assassina a recompensa,
me extirpa a paciência.

Papéis timbrados em ventania
e o pensamento — de machados
manchados e perfumados
pela ânsia.

Dia e noite,
sono e insônia,
pesadelo e
agonia,
ruminâncias.

Olho pro lado e a caneta
parece fria;
nem assina mais
e nem fazia —
afasia de relutância.

São cliques
e cliques
de burocracia.
Clique,
bate,
o tique,
taque,
creck —
o tempo parece quebrado
e passou mais um dia.

Matheus Matos 

Nenhum comentário:

Postar um comentário