Foi-se Pepe.
Em paz.
Fica a paz
de Pepe.
E um jaz:
Não fosse a vida, essa aventura que Pepe fala,
Essa palavra dele
Que te cala...
Não fosse o Pepe, profeta
da plebe,
Profeta entregue,
Uma joia rara,
Eu desistia desse poema.
Mas, olhando Pepe
E a vida que segue,
Sei que a luta vale a pena.
A poesia vive
E se despede do profeta.
Com a espada afiada do tempo, vejo
Pepe, em despedida, me dizendo:
Todo en la vida no es plata.
Matheus Matos