Eis minha poesia. Toma, agora é tua!

quinta-feira, 1 de setembro de 2022

Amar é um hábito

 Posto que a beleza é efêmera
Não são as curvas dos corpos
Tampouco cabelos sedosos
Que fazem da paixão o amor

Porque amar é ver no dia-a-dia
Não só a beleza 
Mas também a agonia
Não só a alegria
Mas também tristeza.

Há no ato de amar
O ato de aceitar 
A parte oculta à beleza
A parte que não irradia
Inevitavelmente aceitar a tristeza algum dia

Do amor, há um pacto de aceitação
de aceitar as perdas
de ganhar perdão
de pedir desculpas
dividir o pão
dividir o chão
aceitar o não 
ser fascinação

Amar é um hábito 
Tato
Tara
Faro
Fato
Falta em dias de hiato
Força de um vulcão 
Fogo no tesão
Obstinação

Amar também é ternura
a vida passa
às vezes dura
e lá, então,  que é amor 
e mansidão

Matheus Matos

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