Posto que a beleza é efêmera
Não são as curvas dos corpos
Tampouco cabelos sedosos
Que fazem da paixão o amor
Porque amar é ver no dia-a-dia
Não só a beleza
Mas também a agonia
Não só a alegria
Mas também tristeza.
Há no ato de amar
O ato de aceitar
A parte oculta à beleza
A parte que não irradia
Inevitavelmente aceitar a tristeza algum dia
Do amor, há um pacto de aceitação
de aceitar as perdas
de ganhar perdão
de pedir desculpas
dividir o pão
dividir o chão
aceitar o não
ser fascinação
Amar é um hábito
Tato
Tara
Faro
Fato
Falta em dias de hiato
Força de um vulcão
Fogo no tesão
Obstinação
Amar também é ternura
a vida passa
às vezes dura
e lá, então, que é amor
Nenhum comentário:
Postar um comentário