Escrevo poemas
sem me preocupar com quem vai ler.
Escrevo-os para exorcizar os sentimentos.
Quando livre, o poema é vivo.
E como alguém que escreve sem saber-se lido,
Posso ser, sem saber, presente.
O poema é de quem lê, não de quem escreve.
É de quem sente.
O poema é vivo, o autor pode ser ausente.
O poema muda a forma
a rima
a cor
a língua
ele muda o tom
a vírgula
O poema muda com quem lê
O poema é transformação
entonação
Muda seu sentimento
acelera seu coração
O poema é vivo
é vida
é droga
é vício
é cheiro de livro novo
Canto de sereia pro mar
O poema pode te fisgar
Um poema vai te alcançar
Escrevo poemas como quem dá presente sem saber.
Escrevo como quem já sabe amar
mas ainda tem muito a aprender.
Matheus Matos
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