Eis minha poesia. Toma, agora é tua!

sábado, 8 de novembro de 2014


Segue, agora, o caminho onde os encontros
são nas almas, nas lembranças,
nos descendentes e no amor. A morte
não passa de uma palavra, diria
um amigo meu. Em uma vida longa e
bem vivida ela é uma palavra de despedida.
Deu amor aos seus filhos e aos
filhos dos outros, e aos filhos
dos filhos, ao seu modo. Teve filhos
ao mesmo tempo que nascia seus netos.
Em uma vida intensa, amou do seu jeito, e,
sobretudo, amou a vida. Há caminho melhor que
amá-la?
Se despediu dos seus irmãos e refez as lembranças.
Talvez seja uma viagem de despedida, eu disse, e era.
E ele disse tchau a todos
e a todos os seus medos e passado.
Acho que é assim que o homem deve fazer. No
fim vivemos de lembranças e elas devem se juntar
a nossa alma em todos os seus detalhes em nossa
despedida.
Ele me deixou um irmão, que presente em minha vida.
Pode ir, cuido dele pra você.
Me foi um pai, um dos pais que a vida te dá quando sabe
que sua vida tem algo faltando. A vida tem desses caminhos também.
Minhas últimas lembranças dele serão eternas e felizes. Aquele
velho sabia me fazer isso.
Eu não segurei minhas lágrimas em sua despedida,
sei que devemos chorar, mas sei que seu
descanso é merecido. Todo mundo tem seu tempo.
Descanse em paz.







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