Eis minha poesia. Toma, agora é tua!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Transitório

por: Edson de Paula (Bigão)

Não escrevo cartas com prazo de validade.
Cartas são como
gravetos da estação passada,
uivo de cão vagabundo
um desconhecido caminhando calçada
da estrada infinita...
[do mundo.

Não trago anéis de fumaça desfeitos
(em embrulho para presente),
Copulo com o passado
ao brotar alicerçando
o amanhã na incerteza,
fugidia presteza,
Eu ausente
[do tempo.

Não me implodo em negativas,
Não me prendo a negações,
Desfaço tudo que foi dito,
Digo-o novamente,
Refuto,
Vou em frente
[e volto
Ao colapso entre caos,
cáucaso,
Titãs e deus.

Sou o amante dos finais,
[felizes ou não]
Acorrentado a princípios.

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