Eis minha poesia. Toma, agora é tua!

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Partículas de (d)Deus

Qual a mente sem razão que media a dor,
dor de cotovelo, dor de corpaixão;
Que mergulha num infinito intocável por outrem,
que desvenda nada mais que si mesmo, cisco do infinito,
num tremendo monólito, rico em diamante de seu próprio eu;

Quão infinito são os nossos eus sem razão,
que perfura as ilhas inacessíveis de cada pedaço de eu meu(nosso)?!!
Que perdura na noite vazia de cubos mágicos,
com infinitos passos, infinito laços, infinitos despachos,
mas todos errados na busca do eu cubo mágico sixcolor;

Qual bela flor sem cheiro fará eu sentir o cheiro da minha poesia,
da minha poligamia, da minha eterna mania de não ser nada,
de falar de mim pra mim, de buscar na flor sem cheiro o cheiro da alma
perdida no vale da sombra do medo??

Quanto cubos mágicos de vida jogarei pelo ralo sem razão, ou
na razão do medo, no impecílio do meio termo exato, na lógica sem
lógica das cosmologias, cosmogonias, e de partículas de Deus, ou de Deuses, que são bósons
a descer pelo ralo das colisões de prótons com estrutura, sem
nenhuma condição de ser-vivo, apenas parte de um todo que eu nem posso ver,
sentir, mas que (d)Deus cuspiu no súbito desejo de criar esse pequeno universo?

O que serei com essas interrogações malucas, poeticamente erradas, poética mente
frustrada, com cheiro de ausência de ar, de armar a arapuca pra descer com dentes em
pedaços de passáros, sem gosto de nada, no pavio do princípio do fim?

Na loucura de ser assim,
sem razão, sem mediar a dor do peito,
da perda da dor do ser, de jogar-se de prédios altos em meio a mente,
e parar no milímetro mas próximo da ponta da espada de (d)Zeus, que nem espada tem!!

Quem serei daqui a dois milésimos de fração de pensamento, de fração do acontecimento do despir-se de vida, do despir-se de ar, de razão, de coração, da emoção?!
Do encarnar na submissa vontade de não querer mais estar, porquê estar não existe mais pra mim, existe apenas pros outros que não me vêem como eu era, apenas como cama, doença, ou apenas um ponto do nada, que atrapalha a estrada do outro que vai ter seu dia
de não ser?

Eu não sei...

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