Eis minha poesia. Toma, agora é tua!

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Cena Distópica



Esses dias pandêmicos estão estranhos.
Só o que vejo são os corredores gelados das instituições vazias.
ás vezes a solidão em casa.
Cena distópica.
Na mente uma gritaria
e ao redor o silêncio profundo.
escuto só o barulho de meus passos.
um gato amarelo, magro e provavelmente faminto, passou por mim.
Coitado deve estar solitário mesmo com seu instinto selvagem.
É arredio. Não consigo me comunicar com ele.
Gatos são seres especiais. Conquistá-los leva tempo.
Depois disso são amigos inseparáveis.
Tenho amigos assim.
Continuo a caminhada com a máscara apertando meu nariz.
Falta ar, sinto dor, um incômodo.
O mundo anda estranho.     
Um encontro é um convite ao perigo.
Cuidado, Vírus!
Cena distópica.
Abro a porta e entro na sala.
Ainda sinto o perigo no ar, mas me sinto mais tranquilo.
Tiro a máscara e respiro.
O dia estava bonito lá fora. Frio e sol.
Tempo bom de tomar um café com um amigo.
Cuidado, Vírus!
Cena distópica.
Viver se tornou uma aventura perigosa. 


Matheus Matos 

domingo, 2 de agosto de 2020

um punhado de loucura

mistura de ciência e poesia
no dia a dia
alternadas 
faz bem
mas a gente precisa 
mesmo
todo dia 
é de um punhado de loucura 

Matheus Matos