Eis minha poesia. Toma, agora é tua!

domingo, 18 de dezembro de 2011

Warrior

Às vezes me deparo com lutas incessantes
(o mundo e eu).
E todas as formas de se lutar
parecem incapazes de ajudar
(tudo em vão).

Ando por ai,
nas guerras da vida,
ganho irmãos,
ganho feridas.

Mas o que querem de mim?
Perdão.

Me tornei herói,
mas veja como dói:
fiz os doze trabalhos de Hércules e mais,
venci minotauro e Teseu,
e com a cabeça da Medusa que tomei de Perseu,
derrubei dez dragões igual ao de Cadmo.

Calmo,
derrotei o fracasso,
me livrei dos inchaços
que a guerra me deu.

Não sai incólume.
Ossos quebrados,
sangue vazado,
como de costume.

Mas, hei de ter meus tempos de paz.
Cicatrizes fechadas,
minha mulher perfumada
com o cheiro do amor.

Meus amigos cantando,
os abraços deixando
tudo que desfaz
pra trás.
Furor.


Matheus Matos

(Sobre a paz que não me vem)

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